No lugar onde a abundância é rainha, o sentimento é escravo.
Deixa que o Tempo construa o que tiver de construir.
Começa a sentir-se uma nuvem cinzenta que promete aguaceiros e trovoada. Efectivamente manifestam-se as previsões - a descompensação! São os ataques climatéricos no seu melhor (entenda-se pior), são os alertas amarelos, laranjas e por aí fora que chegam constantemente ao encéfalo dos que estão no centro e periferia. Uma tempestade que por ser brutal tende a ser de imediato amenizada e circunscrita - a compensação. O tão esperado aconchego equilibrado, solto e fluido.
É o afecto que nunca é o suficiente, precisa-se constantemente de reforço em quantidades industrializadas, é a carência que volta num ápice como que de um fôlego se tratasse, é o querer ver viradas todas as atenções possíveis e imaginárias numa única direcção.
A turbulência é necessária para que a abonança tenha um sabor especial.
Pois sim, trata-se de episódios pessoais, mas não, não sou bipolar, mas tenho pólos extremos de humor, como toda a gente.
Estou compensada, e o resto virá por acréscimo!
Está sol e eu vou espreitá-lo.
Senti um arrepio e senti que fiquei sem jeito quando, depois da magia do primeiro casamento vivenciado juntos, te viraste para mim e afirmaste: "os próximos somos nós".
NÓS
EU + TU = NÓS
NÓS
Mesmo que depois destes casamentos hajam outros mais sem ser ainda o nosso, o importante é que em cada dia celebramos uma especial união, a nossa, aquela que deriva da junção do meu Eu com o teu Eu, com manifestações "os próximos somos nós". E nada mais importa.