As urnas, que íam ficando, em tempos, repletas de papéis que expressavam a indignação ou a esperança da voz do povo, caminham para o vazio, afogadas num significado diferente, bem distinto. Já não é necessário fazer boicote com a esferográfica porque de boicotes estão os portugueses fartos. Comunicam agora os jornalistas a falta de crédito que se dá às máximas dos políticos.
Portugal está desacreditado, desmotivado, desinteressado, desinibido para deprimir ... Afastemos o prefixo de ...
As triagens vão sendo executadas mas o tratamento não surge ...
É caso de emergência que algo termine e que algo (re)nasça ...
Para todos os Portugueses e também para todos os Europeus são precisos novos alentos.
É precisa a mudança e a não resistência à mesma.
Vale sempre a pena exercermos o nosso direito e dever.
Se eu já fosse uma alma entre as gentes em 1974, estaria lá para ver!
Se eu fosse uma alma entre as gentes em 1974, tinha sangue frio para correr riscos!
Se eu fosse uma alma entre as gentes em 1974, eu lutaria até ao máximo dos limites!
Porque a Liberdade é um sabor doce, que se quer alienado da amargura e do desprazer, quer-se vincado na coragem e esculpida na mão de quem a agarra.
A Liberdade é-nos a ferramenta útil para escalar à montanha, até àquela que conseguirmos tocar. É a base para cheirarmos os sonhos que cravamos no céu e onde as estrelas são as guardadoras fiéis.
A Liberdade é um sabor alternativo e por isso cautela ao tocarmos nela, porque o tudo e o nada têm o mesmo peso e valor.
E que os cravos perdurem nas nossas memórias, e que uma revolução seja sempre um acto de mudanças benéficas ...
E que a Liberdade exista na minha mente, para saber Ajudar, Amar, Perdoar e ser Ajudada , Amada e Perdoada.
Tenho orgulho desta data 25 de Abril de 1974