Assistimos, mais uma vez, às incessantes vangloriações após a morte de um mestre nas artes musicais.
Uma forma de comércio é o que é! Ele é revista, ele é jornal, ele é rádio, ele é televisão ... as leis do comércio e afins, todas ao rubro para unica e exclusivamente aumentar os números das facturações! O tilintar dos tostões é o que está a dar, quantos mais números à direita houverem, mais motivação há para aumentar em muito as especulações já quase esquecidas por todos nós.
Não me assumo como fã deste fenómeno Michael Jackson mas respeito quem o é, e respeito ainda mais toda a sua carreira profissional, todo o seu empenho e dedicação, todos as "montanhas que teve de escalar", todo o sofrimento que teve que combater, ou pelo menos as suas tentativas - esta talvez seja a real das reais questões - tanta exaltação, tanta fama, tanta vida economicamente desafogada, e a outra parte da vida? Será que não caminhava dia após dia sobre o abismo? É por isto mesmo que não se deveria de comercializar a vida de uma pessoa e família que agora o que mais deseja, penso, é viver em paz, sem mais pressões...
Mais uma prova de que a sociedade é mestre também em dramatizações, em palcos que representam pólos menos positivos da existência. Viver com o mal dos outros será que alivia o nosso mal? Pode ser forma de motivação para a continuidade da vida, o facto de sabermos que não somos os únicos a sofrer, MAS ... MAS ... Há direito de respirarmos livremente ... não estendam o sofrimento de quem quer que seja e tivessem reforçado/elogiado a diva enquanto ela vivia.