Sinto falta dos dias agitados, das correrias para cumprir horários a séria, dos mil e muitos queixumes das pestes, dos problemas que eu ajudava a consertar, das boas atitudes que eu torcia para que proliferassem, dos muitos "dos" que poderia passar a enunciar. Principalmente e sinceramente sinto falta da aprendizagem a que era submetida diariamente, das confrontações ao meu ego, sinto falta das auto-reflexões impingidas, à velocidade da luz, por todos os segundos de cada minuto. Sinto falta das minhas próprias lamentações, ansiando angustiosamente por uns momentos onde pudesse, sem obstáculos, recompor a sanidade mental que me é e tem de ser inerente.
Sinto falta de sentir as compensações, mesmo que tardias, daqueles que, genuinamente o que necessitam é dos afectos, das oportunidades para os aprender a receber e manifestar. Sinto falta de me sentir útil naquela construção diária e "requintada".
Apesar de sentir tanta falta de tanta coisa, sinto-me a caminhar para uma maior e melhor complexidade. Sinto porém, que estarei mais apta para tantos outros curto-circuitos, e que de veras, enfrentá-los-ei de forma mais serena, perspectivando as circunstâncias não como partes isoladas mas como um todo, não vou pôr de mim o que me causa sofrimento ou frustração. Vou pôr de mim aquilo que realmente eu sou, sem curtas ou extensas influências. Vou querer descobrir e entender a causalidade. Vou querer suavizar as consequências. Vou querer ser bem melhor porque sei que sou capaz, porque todos somos capazes e possuidores de dotes para recriar e fazer render.
Sinto falta do que, mesmo em stresse, me faz verdadeiramente crescer.