As mãos perdem a orientação dos outros dias, o coração balança, quer sair mas fica no seu lugar.
O nó existente na garganta atrapalha as palavras já secas e gastas. As novas são tímidas, não conhecem ainda o mundo da boca para fora. Ficam sofredoras em silêncio.
Os músculos retraem-se, um por um, fazendo uma sequência assustadora, ensaiando a peça do prisioneiro. As correntes são puramente imaginárias mas obrigam à mordaça.
Não existe mais ninguém. Nem aquele alguém.
Criação e sossego.
Organização e obediência. Os remetentes e os destinatários começam agora a assinalar um verdadeiro acordo.
Momentos efémeros mas desgastantes. São minutos para sublinhar uma nova partida. Respiração. O oxigénio. A calma e a recompensa da dilatação.
Tudo está no fluxo adaptado mas há algo em alguma parte que não está! O ritmo. Ele é repentino e acelerado.