Nada melhor do que sair de casa em rumo ao aumento dos nossos conhecimentos! E foi assim, mais uma sessão de uma formação mega interessante que me fez sonhar com a minha profissão (mais uma vez), que amo de paixão. E quando se venera a profissão vêem-se recompensas (muitas vezes não ao mesmo nível, mas desistir, como o mencionei no post anterior, NUNCA), são os e-mails a comunicar saudades, são mensagens e telefonemas cheios de elogios, são os conselhos e motivações escutados com muita atenção, são as intervenções elogiadas, e mais e mais e mais ... se os "meus" superiores, aqueles que poderiam ser a minha entidade patronal não valorizam directamente o meu trabalho, bem lá no fundo, eu não me importo pois são aqueles que realmente precisam dos meus serviços que o fazem sem peso e medida. E que posso eu querer mais? Ok ok, um melhor emprego, claro sem dúvida, uma maior estabilidade, lógico, mas alguém que me diga qual a profissão hoje em dia que é segura? Quem é que afirma irredutivelmente que amanhã, infelizmente não vem embora do seu local de trabalho, e lhe restam uns trocaditos com fraco sabor a indemnização e quem sabe, poucas recordações positivas (infelizmente, pois espera-se sempre que pelo menos estas sejam aconchegantes e compensadoras).
Admito que quero progressão na minha carreira, quero outras experiências, novas e mais enriquecedoras, mas não aceito que a minha língua articule expressões como "a porta fechou-se-me", deixem que eu pense e vá de encontro com esta percepção "a porta está por enquanto encostada", "esperar para ver". Quero ler nas minhas atitudes a esperança, a confiança, a segurança de que faço o que me é possível e impossível para continuar a crescer como profissional, para que me transforme numa fada das boas emoções e comportamentos! E será que sonhar e querer é proibido? Não, para mim não, de todo! Hoje sonho mais do que ontem e amanhã sonharei ainda mais do que hoje, de que serei ainda mais feliz a fazer aquilo com que desde há muito idealizo. São estas projecções que nos alimentam e estimulam face à sociedade castradora em que vivemos, é esta sociedade que nos aniquila que, paradoxalmente nos fortalece (quando estou mais fraca, é quando estou verdadeiramente forte), é esta realidade nua e crua, de bruxas más, que me faz emergir e abalar os ventos dizendo que as princesas e rainhas sempre ganham no final! É o que eu sinto, e porque não há bem que sempre dure nem mal que nunca acabe.
Por isso vamos ser criativos e mudar a nossa percepção das coisas, vamos espremer o que há de aparentemente amargo até sair doce. Vamos agradecer as oportunidades de trabalho que temos tido mas nunca deixar de sonhar com outras. Vamos agradecer a vida que temos mas pigmentando-a para que melhore. Que a nossa vida seja uma estrada longa para percorrer, sem ânsias para ser o primeiro a cortar a meta, espreitando volta e meia os vários cortes que nos vão aparecendo, porque é com estes que aprendemos. Aculturarmo-nos com algo diferente mas semelhante a nós, faz de nós o melhor contador de uma entre muitas histórias.