Quando a vida nos prega uma partida e não em tom de brincadeira, quando nos obriga ao sofrimento próprio e isolado e àquele que se partilha.
Um dia em que a nossa vida passa a ser a vossa vida, os pormenores prazerosos passam a ser odiosos. Quando somos forçados a registar no diário cruel tudo o que se passa connosco como meio de estimulação mental. Quando nós já não somos nem o nosso passado, nem o nosso presente, muito menos ainda o nosso futuro. Nada está sob a força e conteúdo das nossas mãos mas nas mãos deles, das tuas também! Quando o nada faz sentido e o tudo não possui razão de ser. Quando viver não é um dom nem um milagre mas sim um sacrifício rotineiro. Quando sem memória se varra toda a nossa história.
(Para aquele rapaz mil votos de paciência e persistência. Que o seu vazio se preencha com actos de carinho e dedicação).